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novembro 8, 2024
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Tecnologia

Putin diz que mineração de bitcoin pode gerar riscos energéticos para a Rússia

Presidente russo elogiou desenvolvimento de versão digital do rublo, mas citou riscos por trás da tecnologia cripto

O presidente da Rússia Vladimir Putin alertou na quarta-feira, 17, que o crescimento de operações de mineração de bitcoin e outras criptomoedas no país pode gerar “riscos” no fornecimento de energia em diversas regiões, mas elogiou a adoção da tecnologia cripto nos últimos meses.

Putin falou sobre o tema durante um encontro do governo focado na adoção de moedas digitais. Em sua fala, ele elogiou a “introdução experimental” do Rublo Digital, a moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) em desenvolvimento pela autoridade monetária da Rússia.

As CBDCs usam a tecnologia blockchain, assim como as criptomoedas. Informações divulgadas pelo governo russo apontam que os bancos centrais da Rússia e do Irã estão trabalhando juntos para conectar seus sistemas de CBDCs como uma forma de contornar sanções internacionais.

A Rússia também pretende realizar negociações para estabelecer conexões semelhantes com a China e Belarus. Mas, apesar dos elogios à tecnologia cripto, Putin também fez um alerta sobre a expansão de operações de mineração de bitcoin no país ao longo dos últimos meses.

Na visão do presidente da Rússia, o alto consumo de energia por mineradoras representa um risco para o fornecimento de energia em diversas regiões do país, com destaque para a Sibéria, que tem atraído operações de mineração devido ao baixo custo de energia.

Por isso, Putin defendeu que uma próxima lei do país sobre criptomoedas inclua uma regulação de pagamento de tarifas energéticas específicas para essas operações de mineração. A expectativa é que a nova lei também não permita o uso interno de criptomoedas como forma de pagamento.

Já a nível internacional, a presidente do banco central russo, Elvira Nabiullina, defendeu que as empresas do país precisam priorizar “múltiplas opções de solução de pagamentos” para driblar as sanções impostas ao país. E, entre elas, estariam as criptomoedas.

Ela disse que “as novas tecnologias financeiras criam oportunidades para negócios que não existiam antes. É por isso que suavizamos nossa postura quanto ao uso de criptomoedas em pagamentos internacionais, permitindo o uso de ativos digitais nesses pagamentos”.

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