Conforme destacado pelo fundador cotista do Grupo BSO – Brazil Special Opportunities, Cleiton Santos Santana, o Brasil está se posicionando como um importante protagonista no cenário global de combustíveis sustentáveis, especialmente com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse marco legal estabelece metas ambiciosas para a produção e uso de biocombustíveis e hidrogênio verde, além de regulamentar atividades de captura e armazenamento de carbono (CAC).
Entenda abaixo quais as principais estratégias do Brasil para a captura e armazenamento de carbono e como elas impactam a transição para uma economia mais verde.
Como a Lei do Combustível do Futuro incentiva a captura e armazenamento de carbono?
A Lei do Combustível do Futuro introduz uma regulamentação para a captura e estocagem de carbono, designando a Agência Nacional de Petróleo (ANP) como órgão responsável pela autorização de projetos nessa área. O objetivo é incentivar investimentos de longo prazo em tecnologias de sequestro de carbono. Como Cleiton Santos Santana explica, esse modelo regulatório oferece segurança para que empresas possam investir em tecnologia de captura de carbono, reduzindo as emissões.
A lei também promove o desenvolvimento de tecnologias de biocombustíveis e hidrogênio verde, que são essenciais para a descarbonização da economia. Ao estimular essas práticas, o Brasil busca se alinhar às tendências globais de sustentabilidade, fortalecendo a sua capacidade de se tornar um líder no mercado. A regulamentação da captura e armazenamento de carbono complementa essa estratégia, garantindo que os recursos investidos em energias renováveis contribuam de forma eficaz para a redução de gases.
Qual o papel do hidrogênio verde e do biometano na estratégia brasileira?
O hidrogênio verde ocupa um lugar central na estratégia do Brasil para reduzir as emissões de carbono. Com recursos renováveis abundantes, como energia solar e eólica, o Brasil pode produzir hidrogênio verde de forma competitiva. Além disso, o país explora o uso do etanol como matéria-prima para a produção desse combustível, uma alternativa que, apesar de gerar mais emissões do que a produção a partir de fontes como a solar, ainda é uma opção mais limpa em comparação ao hidrogênio cinza.
O biometano, por sua vez, também tem papel relevante nessa nova fase da matriz energética brasileira. O Porto de Paranaguá, no Paraná, será o primeiro terminal no Brasil a processar biometano em estado líquido, em um projeto de grande relevância para o desenvolvimento sustentável do país. Para o expert Cleiton Santos Santana essa infraestrutura pioneira contribui para a criação de um mercado de biocombustíveis eficiente, oferecendo uma alternativa de menor impacto ambiental e impulsionando a economia local.
De que maneira a captura de carbono impacta a economia e o desenvolvimento sustentável do Brasil?
A captura de carbono traz não só benefícios ambientais, mas também oportunidades econômicas, impulsionando um setor emergente de tecnologias sustentáveis. Ao regulamentar a captura e armazenamento de carbono, o Brasil cria condições para atrair investimentos internacionais em inovação e sustentabilidade. Esse cenário potencializa o desenvolvimento de novas tecnologias e oportunidades de trabalho no país.
Além do aspecto econômico, o sequestro de carbono fortalece o compromisso do Brasil com a agenda climática global. Com metas de redução de emissões de até 10% a partir de 2026, o país se alinha a práticas de países desenvolvidos e se destaca no cenário de energias renováveis. Segundo Cleiton Santos Santana, o incentivo à captura de carbono, aliado ao desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, coloca o Brasil como um exemplo de país em desenvolvimento comprometido com soluções ambientais.
Em resumo, a estratégia do Brasil para captura e armazenamento de carbono representa um avanço para um futuro sustentável. Através da Lei do Combustível do Futuro, o país consolida sua posição no mercado de energias limpas, promovendo o uso de hidrogênio verde, biometano e regulamentando a captura de carbono. Como Cleiton Santos Santana ressalta, assim o país se coloca na vanguarda da transição energética global, buscando um desenvolvimento que equilibra prosperidade econômica e responsabilidade ambiental