Os ativos digitais que mais ganharam apontamentos da casas consultadas foram Solana (SOL) e Ethereum (ETH)
O Bitcoin (BTC) caiu quase 6% em junho, puxado principalmente pelo fluxo negativo nos ETFs (fundos de índice) à vista dos EUA e pelas incertezas com a política monetária no país. Segundo traders, a criptomoeda pode ficar lateralizada no curto prazo, com suporte na faixa dos US$ 62 mil.
A estratégia mais inteligente para buscar ganhos consistentes no longo prazo, mesmo sendo um investidor iniciante, segundo a especialista em investimentos Clara Sodré
Diante desse cenário, a exposição à moeda digital diminiu. Em maio, a cripto havia aparecido em nove portfólios monitorados pelo InfoMoney; no mês de junho, em cinco; neste mês, o BTC foi citado por apenas quatro das oito casas consultadas pela reportagem.
No total, 17 ativos digitais foram mencionados, mas apenas aqueles com mais de duas indicações entraram nesta matéria.
Veja 7 criptomoedas mais recomendadas por especialistas para o mês de julho:
Criptomoeda Nº de recomendações Retorno em junho Retorno (acumulado de 12 meses)
Solana (SOL) 7 -10,75% +690,30%
Ethereum (ETH) 6 -7,35% +80,90%
Bitcoin (BTC) 4 -6% +107%
Toncoin (TON) 4 +21,37% +453,80%
Ondo (ONDO) 3 -1,43% +308%
Render (RNDR) 2 -24,68% +270,50
Pendle (PENDLE) 2 -18,65% +475,50
Solana (SOL)
Danilo Matos, especialista da NovaDAX, disse que o token SOL já vinha se beneficiando das tendências das finanças descentralizadas (DeFi), das memecoins (criptos baseada em memes) e dos ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês) na rede. O recente pedido da gestora VanEck para lançar um ETF de Solana nos EUA, no entanto, é um novo “fator que pode impulsionar a cripto ainda mais”.
Ethereum (ETH)
Com o provável início ainda na primeira semana de julho das negociações dos ETFs à vista de ETH, aprovados no final de maio, o Ether “deve se manter com uma performance relativamente melhor do que o resto do mercado, enquanto não houver dados de fluxo diário para os ETFs”, falou Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset.
Bitcoin (BTC)
Apesar da queda no número de recomendações, o Bitcoin continua sendo essencial na carteira de qualquer investidor cripto, disse Valter Rebelo, head de ativos digitais da Empiricus Research. “Além de ser o ativo mais estável e consolidado em termos de uso e fundamentos, o BTC atua como o Alfa do mercado, influenciando os ciclos de alta e baixa”.
Toncoin (TON)
A Toncoin (TON) é uma criptomoeda ligada ao Telegram. “Dada a forte base técnica e as recentes notícias de aumento do interesse institucional e avanços tecnológicos dentro do ecossistema TON, incluindo escalabilidade rápida e capacidades de processamento de transações, a perspectiva para julho de 2024 parece otimista”, disse Pedro Gutierrez, diretor regional Latam da CoinEx.
Ondo (ONDO)
A ONDO Finance é um protocolo para tokenizar ativos financeiros tradicionais e gerenciá-los de maneira eficiente. “A plataforma é suportada por grandes investidores e trabalha com fundos geridos por BlackRock e Pimco. Com uma equipe experiente e auditorias rigorosas de segurança, a ONDO oferece uma combinação atraente de inovação e confiabilidade”, disse Francis Wagner, head de criptomoedas da Hurst Capital.
Render (RNDR)
É conhecida como a “Nvidia descentralizada”, pois conecta usuários com poder computacional ocioso àqueles que desejam executar trabalhos de renderização. “Considerando que a RNDR opera no mercado de renderização de vídeo e inteligência artificial, o hype e topo de preço das ações da Nvidia podem de alguma forma impactar e trazer oportunidades interessantes para a criptomoeda”, falou Beto Fernandes, analista da Foxbit.
Pendle (PENDLE)
É a criptomoeda que adotou estratégia da renda fixa e atraiu bilhões de dólares. “É preciso destacar que a PENDLE possui uma proposta inovadora para o meio de blockchain, não possuindo nenhum competidor à altura no momento, fator muito positivo para não diluir a atenção dos investidores “em um segmento tão promissor e que acreditamos que seguirá atraindo capital ao longo do ciclo de alta”, disse Rony Szuster, analista de research do Mercado Bitcoin (MB).
