De acordo com Aldo Vendramin, a produção agrícola no Brasil, especialmente de commodities como soja, milho e café, está sujeita a oscilações constantes de preços e condições climáticas imprevisíveis. Para o produtor rural, garantir lucros estáveis não depende apenas da produtividade no campo, mas também de uma boa gestão financeira e comercial.
Esta leitura apresenta as principais táticas para transformar incertezas em oportunidades. Entenda mais agora mesmo:
Como o hedge pode proteger o produtor da volatilidade dos preços?
O hedge é uma estratégia financeira que tem como principal objetivo proteger o produtor contra as oscilações de preço no mercado. Ao travar o valor de venda da sua produção futura, o agricultor evita prejuízos causados por quedas inesperadas nas cotações. Essa prática é bastante comum entre produtores de soja, milho e café, cujos preços variam de acordo com fatores globais como oferta, demanda, clima e câmbio.
Além disso, como frisa o empresário Aldo Vendramin, o hedge pode ser realizado por meio de contratos na bolsa de valores ou por acordos diretos com compradores. Isso permite ao produtor atuar com mais segurança, mesmo diante das incertezas do mercado internacional. O importante é entender o momento certo de fazer o hedge, avaliando custos de produção, tendências de preços e condições do contrato.
Por que os contratos futuros são uma opção vantajosa para o produtor?
Os contratos futuros são ferramentas que permitem ao produtor negociar a venda de sua safra por um preço fixado no presente, com entrega prevista para uma data futura. Essa estratégia reduz a exposição ao risco de mercado e facilita o planejamento de caixa da propriedade. Como considera Aldo Vendramin, ao saber quanto irá receber, o produtor pode se organizar melhor para quitar dívidas, investir em tecnologia e garantir a continuidade da atividade.
Além da segurança financeira, os contratos futuros abrem espaço para negociações mais profissionais e vantajosas. Eles também podem ser utilizados como instrumento de especulação ou proteção contra variações no custo de insumos, como fertilizantes e combustíveis. Porém, é fundamental compreender as regras e exigências do contrato, evitando surpresas desagradáveis. Contar com o apoio de corretoras ou assessores especializados pode fazer toda a diferença na hora de operar com contratos futuros.
Como a diversificação pode reduzir os riscos na atividade agrícola?
Conforme expõe o senhor Aldo Vendramin, a diversificação é uma das estratégias mais antigas — e eficazes — para reduzir riscos no agronegócio. Ao cultivar diferentes culturas ou investir em atividades paralelas, o produtor dilui os impactos de possíveis perdas em uma única frente. Se o preço do café cair, por exemplo, o milho ou a soja podem compensar financeiramente.
Além da diversificação na produção agrícola, é possível expandir a estratégia para investimentos fora do campo. Aplicações financeiras, participação em cooperativas e atividades como agroindústria ou turismo rural são alternativas viáveis para gerar renda extra. O importante é evitar a dependência de uma única fonte de receita. Em um cenário de tantas incertezas, ser versátil e bem informado pode garantir não apenas a sobrevivência do negócio, mas também o seu crescimento sustentável ao longo dos anos.
Conclui-se assim que garantir lucros estáveis na produção de soja, milho e café exige mais do que eficiência no campo — requer visão estratégica e domínio de ferramentas financeiras. Para Aldo Vendramin, o uso inteligente de hedge, contratos futuros e a diversificação de atividades são pilares fundamentais para proteger o produtor dos riscos do mercado. Em um setor onde variáveis externas exercem grande influência, antecipar cenários e agir com planejamento é o caminho mais seguro.
Autor: Bruna Coutov
