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junho 14, 2025
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Fertilidade em risco: os efeitos ocultos do álcool e drogas ilícitas em seu corpo

O consumo de álcool e drogas ilícitas pode causar sérios desequilíbrios hormonais e comprometer a fertilidade em homens e mulheres. Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun (ou Tosyn Lopes), especialista em saúde reprodutiva, essas substâncias afetam diretamente o sistema endócrino, interferindo na produção e regulação dos hormônios sexuais. O impacto pode ser temporário ou permanente, a depender da frequência, quantidade e tipo de substância utilizada.

Além de prejudicar a saúde geral, o abuso de substâncias compromete funções como ovulação, produção de espermatozoides, qualidade do sêmen e até a receptividade uterina. A fertilidade é um processo sensível ao equilíbrio hormonal, e qualquer disfunção pode reduzir significativamente as chances de concepção. Neste artigo, exploramos como álcool e drogas ilícitas afetam o sistema hormonal e quais são as consequências para a fertilidade.

Como o álcool afeta os hormônios e a fertilidade?

O álcool, mesmo em consumo moderado, pode alterar o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, essencial para a regulação hormonal. Em mulheres, o álcool interfere na liberação do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo-estimulante (FSH), afetando a ovulação. De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, esses desequilíbrios podem levar a ciclos menstruais irregulares e dificultar a concepção.

Nos homens, o consumo excessivo de álcool reduz os níveis de testosterona, diminui a contagem de espermatozoides e afeta a motilidade. Observa-se que o álcool pode ainda provocar alterações na função testicular e causar impotência sexual em casos mais graves. Esses efeitos são agravados com o uso prolongado e podem exigir meses de abstinência para recuperação completa das funções hormonais e reprodutivas.

Quais drogas ilícitas mais impactam a produção hormonal?

Entre as drogas ilícitas mais prejudiciais ao sistema endócrino estão a maconha, a cocaína, os opioides e os anabolizantes. A maconha, por exemplo, reduz a produção de espermatozoides e afeta a ovulação, além de interferir na ação do estrogênio e da progesterona. Tosyn Lopes elucida que o uso crônico de cannabis pode atrasar o ciclo menstrual, prejudicar a implantação embrionária e aumentar o risco de abortos espontâneos.

Álcool e drogas ameaçam a fertilidade, alerta Tosyn Lopes.
Álcool e drogas ameaçam a fertilidade, alerta Tosyn Lopes.

A cocaína, por sua vez, causa alterações severas no sistema nervoso central e no eixo hormonal, elevando os níveis de cortisol e reduzindo a testosterona. Em usuários crônicos, há uma redução significativa na fertilidade, tanto masculina quanto feminina. Drogas como os opioides também inibem a liberação de gonadotrofinas, hormônios essenciais para a reprodução. Essas alterações hormonais comprometem a fertilidade mesmo após a suspensão da droga, exigindo reabilitação e acompanhamento médico especializado.

É possível recuperar a fertilidade após parar o uso de álcool e drogas?

Em muitos casos, sim. A fertilidade pode ser parcialmente ou totalmente restaurada após a interrupção do uso de álcool e drogas ilícitas, especialmente quando o tratamento é iniciado precocemente. Conforme Tosyn Lopes, a reversão dos efeitos depende da gravidade dos danos hormonais e da duração do uso das substâncias. A adoção de hábitos saudáveis e o acompanhamento médico são fundamentais nesse processo de recuperação.

Contudo, em casos de uso prolongado ou associado a outros fatores de risco, como idade avançada ou doenças pré-existentes, os danos podem ser permanentes. A avaliação com um endocrinologista ou especialista em fertilidade é essencial para determinar o quadro hormonal e indicar o melhor plano terapêutico. Mesmo após a recuperação clínica, pode levar tempo até que os níveis hormonais se restabeleçam completamente.

O consumo de álcool e drogas ilícitas é um fator significativo de risco para desequilíbrios hormonais e infertilidade. Essas substâncias comprometem o sistema endócrino e afetam diretamente a capacidade reprodutiva, tanto em homens quanto em mulheres. Oluwatosin Tolulope Ajidahun ressalta que os efeitos podem variar de alterações leves e reversíveis até disfunções graves e permanentes, dependendo da intensidade e do tempo de uso.

O reconhecimento precoce dos impactos dessas substâncias e a busca por tratamento adequado são fundamentais para preservar a fertilidade. Tosyn Lopes reforça a importância da conscientização sobre os riscos do uso de álcool e drogas, especialmente para quem deseja ter filhos. Ao cuidar da saúde hormonal, promovemos não apenas a fertilidade, mas o bem-estar físico e mental de forma integral.

Autor:  Bruna Coutov

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